Mais uma vez a culpa será da Lei nº 8.666/93?

PlanejamentoRDC - Regime Diferenciado de Contratações Públicas

Há poucos anos atrás, o Brasil recebeu e comemorou a indicação para sediar a Copa do Mundo FIFA em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Essas duas notícias foram objeto de orgulho nacional.

Acontece que, junto da empolgação e do orgulho da Pátria, o Brasil também recebeu uma carga pesada de obrigações e compromissos. Isso porque, eventos desse porte exigem não só investimentos nas arenas e estádios em que ocorrem as disputas. Pelo contrário, dado o elevado número de pessoas que participam da Copa do Mundo e das Olimpíadas, seja na condição de atletas, organizadores ou mesmo espectadores, as cidades que servirão como sedes para os jogos precisarão estar preparadas.

Segundo o site Brasil Copa 2014, de acordo com Relatório oficial divulgado em dezembro de 2010, cerca de 310 mil visitantes desembarcaram na África do Sul entre 11 de junho e 11 de julho com a intenção de assistir às partidas do Mundial. Para a Copa de 2014, conforme estimativa divulgada pela Revista Veja espera-se cerca de 500.000 turistas, aproximadamente 10% do total que o país recebe em um ano inteiro.

Com base nesses números e em vista das atuais condições de nossos aeroportos, estradas, sistemas de transporte coletivo e trânsito, já se dá para ter uma ideia do quanto precisará ser feito em termos de obras de infraestrutura para a realização desses eventos. Isso sem falar em outros serviços públicos essenciais para esses acontecimentos, tais como segurança pública e emergências médicas.

Mas nada disso é novidade, afinal não aconteceram ontem os anúncios. Todavia, poucas são as ações concretas e obras propriamente ditas já em execução. O presidente da FIFA, Joseph Blatter, chegou a afirmar que “O mundial é amanhã, e os brasileiros pensam que é depois de amanhã”. É verdade que depois ele se retratou, mas o fato é que o próprio Governo começa a se preocupar com os projetos de infraestrutura de transportes e, especialmente com relação à modernização dos aeroportos.

Ao que nos parece, o País está atrasado na sua lição de casa e não cumpriu ainda a principal etapa para a viabilização de todas as ações necessárias, qual seja o planejamento das obras e investimentos. Prova disso é a falta de projeto básico que permita a licitação de diversas obras que ainda deverão ser licitadas e executadas para esses dois eventos. O problema é que o tempo não pára e também não volta e nesse caso, dificilmente será possível creditar na conta da Lei nº 8.666/93 a falta da elaboração de projetos e da instauração de licitação em tempo hábil.

Continua depois da publicidade
Seja o primeiro a comentar
Utilize sua conta no Facebook ou Google para comentar Google

Assine nossa newsletter e junte-se aos nossos mais de 100 mil leitores

Clique aqui para assinar gratuitamente

Ao informar seus dados, você concorda com nossa política de privacidade

Você também pode gostar

Continua depois da publicidade

Colunas & Autores

Conheça todos os autores
Conversar com o suporte Zênite